domingo, 1 de abril de 2018

Aprendizagens diárias


 
                                     
       
“O menininho”
Helen Buckley
 
Era uma vez um menininho bastante pequeno que contrastava com a escola bastante grande.
Quando o menininho descobriu que podia ir à sala caminhando pela porta da rua, ficou feliz. A escola não parecia tão grande quanto antes.
Uma manhã a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de desenhar. Leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos... pegou sua caixa de lápis de cor e começou a desenhar.
- Esperem, ainda não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora, nós iremos desenhar flores.
E o menininho começou a desenhar bonitas flores com seus lápis rosa, laranja e azul.
- Esperem, vou mostrar como fazer.
E a flor era vermelha com o caule verde.
- Assim, disse a professora, agora vocês podem começar.
O menininho olhou para a flor da professora, então olhou para a sua flor. Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isto... virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora. Era vermelha com o caule verde.
No outro dia, quando o menininho estava ao ar livre, a professora disse:

- Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.
“Que bom!” pensou o menininho. Ele gostava de trabalhar com o barro. Podia fazer com ele todos os tipos de coisas: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e amassar sua bola de barro.
- Esperem, não é hora de começar!
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
- Agora nós iremos fazer um prato.
“Que bom!”, pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos.
- Esperem, vou mostrar como se faz. Assim... Agora vocês podem começar.
E o prato era fundo. Um lindo e perfeito prato fundo.
O menininho olhou para o prato da professora, olhou para o próprio prato e gostava mais do seu, mas ele não podia dizer isso... amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato fundo, igual ao da professora.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar e a olhar e a fazer as coisas exatamente como a professora. E muito cedo ele não fazia mais as coisas por si próprio.

Então, aconteceu que o menininho teve que mudar de escola...
Esta escola era ainda maior que a primeira.
Ele tinha que subir grandes escadas até a sua sala...
Um dia a professora disse:
- Hoje nós vamos fazer um desenho.
“Que bom!”, pensou o menininho. E esperou que a professora dissesse o que fazer. Ela não disse. Apenas andava pela sala. Quando veio até o menininho falou:
- Você não quer desenhar?
- Sim. O que é que nós vamos fazer?
- Eu não sei, até que você o faça.
-Como eu posso fazer?
- Da maneira que você gostar.
- E de que cor?
- Se todo mundo fizer o mesmo desenho e usar as mesmas cores, como eu posso saber qual o desenho de cada um?
- Eu não sei!

 
E começou a desenhar uma flor vermelha com um caule verde...
 
 

 
 
 
Esse texto o professor nos passou, para reflexão e realização de uma atividade, e senti a necessidade de postar no blog sobre ele.
Achei o texto incrível, simples, porém rico de ensinamentos e aprendizagens.
O papel da professora de mediar  aprendizagem e estimular o desenvolvimento é fato, mas percebe-se que neste contexto a mesma não observava o desenvolvimento de cada aluno, pois se acredito que seja correto orientar o aluno na atividade proposta, porém, deve-se observar as individualidades de cada um.
Nem todos desenham, escrevem e interpretam da mesma forma, cabe ao professor observar, refletir e avaliar o desenvolvimento de cada um.
Falando assim parece uma missão fácil, mas sabemos que não. O professor numa sala de aula, tem a função de observar e avaliar muitas coisas, porém surge aquela velha história, do ''OLHAR DIFERENTE'', e esse olhar com o tempo o professor vai desenvolvendo, percebendo que alguns alunos se destacam em alguns pontos, e outros se destacam em diferentes pontos.
Por mais que o professor planeje e aplique uma atividade, nem todos vão realizar da mesma forma.
 
E destaco outro detalhe para reflexão:
A proposta do professor pode ser a mesma para todos os alunos, porém o que é importante para alguns, não é para outros. Tiro como exemplo o blog, uma ferramenta essencial no nosso curso.
Acredito que nem todas registram e postam da mesma forma. Desse modo cabe ao professor avaliar o registo de cada uma. Anotando as individualidades de suas alunas e percebendo que o cada uma desenvolve suas aprendizagens no seu tempo.
Na sala de aula, esse ano por exemplo que a pouco tempo iniciou, já percebo diferenças em meus alunos, embora sejam ainda muito pequenos, mesmo em crianças de 2 anos, cada um tem seu jeitinho, e por mais que seja desenvolvida a autonomia, independência, raciocínio logico, desenvolvimento motor e cognitivo, cada um deles mostra de uma forma diferente o que aprendeu.
Já tive relatos de mães felizes me contando que desde que o seu filho retornou para a escola, quer comer sozinho, simples exemplo, mas que mostra que a criança quer se desenvolver, do seu modo e um relato como esse já é uma conquista.


 

 

A Evolução da Tecnologia

 
 
 

 

 
Que bicho é esse ?
Em pensar que eu mesma utilizei no estágio do magistério o mimeógrafo.
Realmente com o passar dos anos, a tecnologia esta evoluindo demais, rápido demais. Mas já pensou até que ponto essa evolução nos favorece ou nos prejudica?
Computadores diminuíram, máquina de escrever se aposentaram, máquina fotográfica deu espaço aos aparelhos de celular modernos. Um pequeno objeto chamado pen drive salva milhares de documentos e arquivos.
Ao mesmo tempo em que vivemos em tempos modernos, também percebemos crianças que brincam menos, pessoas com problemas de enxaqueca e falta de visão, por estar muito tempo na frente da televisão ou celulares. Adultos alienados pela necessidade de estar conectados, e me incluo nesse quesito, pois infelizmente ou felizmente se tornou uma necessidade estarmos atualizados, e prontos para o uso das tecnologias. Porém acredito que algumas pessoas exageram, pois tem uma grande vontade de se expor de todas as formas, postando por exemplo em redes sociais, o que está comendo, o que está fazendo, cabe cada um analisar até que ponto toda essa tecnologia nos ajuda ou atrapalha.
Durante a aula com o professor, tivemos uma conversa sobre as várias tecnologias que nos cercam.
Com o passar dos anos, percebi que é importante sim as tecnologias, porém se acrescenta algo na minha vida e aprendizagem. Por exemplo, no PEAD a tecnologia é essencial, pois de várias formas aprendemos, e temos a necessidade (positiva) de lidarmos com as várias ferramentais existentes. Mesmo porque somos professores, pesquisadores e também temos a necessidade de aprender sempre mais.
 
Agora vamos analisar por outro ângulo:
 

 
Será que estamos convivendo com uma geração alienada ?
Nossas crianças estão cada vez mais rápidas e espertas. Hoje por exemplo muitas crianças mexem muito melhor em um celular do que alguns adultos.
Eu na sala de aula por exemplo principalmente ano passado, pois estava em turmas de crianças maiores, de 4 a 5 anos, percebi que algumas crianças ''não sabem brincar'', não como a maioria pelo menos. Alguns claro são mais tímidos, mas consegui perceber em especial aqueles que em casa nitidamente ficam apenas na frente do celular, tabletes, ou televisão.
E o principal, nós sabemos que criança tem a NECESSIDADE SIM DE BRINCAR!
Criança tem que brincar, estimular sua fantasia, desenvolvimento motor e cognitivo.
Sugiro a reflexão!